Mercado de portaria remota prevê crescimento de 30% em 2020 nos condomínios

Levantamento da Abese indica que 34% das empresas de portaria virtual requalificam os porteiros para continuar prestando serviços ao condomínio.

Trocar o porteiro por um sistema de portaria remota é a realidade de inúmeros condomínios que investem na tecnologia em busca de mais segurança, respaldo e equilíbrio do orçamento. Levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) junto a esses players de todo o Brasil, que trabalham com a solução, mostrou que a instalação e gerenciamento de portarias remotas já representa até 20% do volume de vendas de 67% dos entrevistados. Além disso, 11% das empresas já trabalham exclusivamente na oferta de portaria remota e quase um quarto delas (22,7%) projetam a expectativa de crescimento para o próximo ano acima de 30%.

Apesar do otimismo, 76,5% das empresas revelaram que sofrem ou já sofreram algum tipo de resistência por parte dos condomínios em relação à nova tecnologia. Entre os principais questionamentos está a dúvida sobre a segurança do sistema, uma vez que a solução representa uma quebra de paradigma. No entanto, com o sistema implementado fica mais fácil respaldar a entrada e saída com imagens – dados que ficam gravados e que podem ser utilizados assim que necessário.

Outra questão passa pelos profissionais de portaria que temem ficar sem emprego. A questão é amplamente discutida pelos sindicatos espalhados pelo Brasil e também entre os moradores. Contudo, a pesquisa mostra que 34,5% das empresas que atuam com portaria remota já realizam a requalificação dos porteiros para as áreas de atendimento, assistentes de manutenção, operadores remotos, seguranças, ou até mesmo para compor portarias híbridas – que operam com o profissional local junto ao sistema remoto.

“A Abese entende que as portarias remotas têm gerado novas oportunidades de emprego e aprendizado aos profissionais dos condomínios. Muitas empresas do setor de segurança eletrônica têm contratado porteiros para trabalharem em centrais de videomonitoramento, além de outras ofertas de trabalho para atividades pertinentes ao atendimento, ao monitoramento externo, instalações de sistemas, desenvolvimento de softwares, dentre outras funções”, afirma a presidente da Abese, Selma Migliori.

O cenário das portarias remotas ainda está concentrado nas regiões Sul e Sudeste, aponta a pesquisa. São Paulo concentra 43,5% das empresas, seguido pelo Paraná com 13%, Rio Grande do Sul (9,2%), Rio de Janeiro (8,4%) e Minas Gerais (7,6%). No Nordeste, o Ceará aparece em primeiro com 5,3%. Apesar da tecnologia ser relativamente nova, dentre os entrevistados, 58,8% atuam no setor de segurança há mais de dez anos, o que significa que a solução foi incorporada ao portfólio da empresa e convive junto com outros tipos de serviço; 85,7% afirmam que oferecem múltiplas soluções.

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